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Queda de Cabelo
Alopecia
Toda a alteração que afete o couro cabeludo e os cabelos de uma pessoa, e altere a sua aparência física, pode ter um impacto importante sobre a sua auto-estima e a sua personalidade.
A perda de cabelos pode ter sérias conseqüências emocionais, tanto para homens como para mulheres.
Olhando para a história da humanidade, o homem sempre se preocupou com o cabelo. Além de oferecer a proteção ao crâneo contra traumatismos, e radiações solares, os cabelos representam um adorno sexual importante. A adoração aos cabelos atingiu os impérios, a religião, a mitologia, a cultura, as classes sociais e a ciência.
Em todos os tempos e culturas, a perda do cabelo afeta o intimo das pessoas, papiros egípcios com mais de quatro mil anos, já citava a anatomia do couro cabeludo e fórmulas para alopecia.
A perda de cabelos, ou alopecia, é conseqüência de alterações no folículo piloso. Se as alterações forem transitórias e não destrutivas da matriz capilar, ocorre um novo crescimento. Se as alterações provocam destruição da matriz capilar, resultam na formação de escaras (feridas), ou atrofia, produzindo alopecia permanente.
O assunto é muito complexo e extenso, havendo diversas causas para a queda de cabelos.
Vamos abordar a queda de cabelo partir do eflúvio telógeno (queda intensa de cabelos), uma das queixas mais comuns no consultório. Cada folículo passa através do ciclo do pêlo, 20 vezes durante a vida de um indivíduo.
As Fases do Cabelo (Ciclo Biológico)
A pele é o maior órgão do corpo humano, tendo contato com o mundo esterior e o interior do corpo humano. É composta de três camadas celulares. Epiderme Exterior, Derme Intermediária e a Hipoderme que é a camada mais interna.
Os cabelos se formam na derme. Todo o corpo tem pêlos com exceção da palma das mãos e das planta dos pés.
Existem aproximadamente cinco milhões de Folículos Pilossebácios (Estrutura que se formam os cabelos no ser humano) em cada indivíduo.
O ciclo biológico do cabelo é dividido em três fases. Crescimento (Anágena) Catágena (Repouso) e Telógena (Queda).
Cada fase tem um período de duração e um fio de cabelo cresce por um período médio de dois a oito anos, após o tempo máximo de crescimento, a matriz para de produzir cabelo, se desprende e desloca-se no sentido da superfície da pele.
No ser humano, cada cabelo esta em uma fase independente, se todos os cabelos estivessem na mesma fase, a cada final de um ciclo de crescimento haveria uma perda de cabelo total ficando o individuo calvo. Até a formação de um novo cabelo (Ciclo Biológico). Oitenta por cento dos cabelos está na fase de crescimento (Anágena), vinte por cento na fase Telógena (Queda), sendo poucos cabelos na fase Catágena (Repouso).
A queda diária normal de cabelos tem uma relação direta com o numero total de cabelos e a duração da fase Anágena.
A perda diária de cabelos é variável entre as pessoas, exemplo: Imaginando que uma pessoa tenha cem mil fios de cabelos e que seu Anágeno dure três anos, significa que a cada três anos a pessoa troca todos os seus cabelos, tendo uma queda média de cem fios por dia.
A composição quimica do cabelo:
Carbono - 45%
Hidrogênio - 7%
Oxigênio - 28%
nitrogênio - 15%
Enxofre - 5%
E outros elementos como Ferro, Cobre, Zinco, Iodo, vinte tipos diferentes de aminoácidos, proteinas, lipídios e água.
As fibras do cabelo são conectadas entre si através do aminoácido Cistina, que faz com que o cabelo não se dissolva na água.
O cabelo é dividido em duas partes, a parte interna, localizada na Derme, onde ocorre a formação, nutrição e crescimento do fio. Parte externa (visível) do fio localizado na Epiderme que se projeta para fora dando moldura ao rosto.
Fase Anágena (fase do crescimento):
Nesta fase, a duração da atividade dos folículos varia conforme a raça, de região para região, a estação climática e a idade. A fase anágena dura de 3 a 7 anos. No couro cabeludo dos humanos, 80% a 90% dos folículos estão nesta fase, que vem seguida por uma fase transicional, relativamente curta.
Fase Catágena:(Repouso)
Esta fase tem uma duração de duas semanas, e nela se encontram 1% dos folículos.
Fase Telógena: (Queda)
20dos folículos estão nesta fase. É considerado normal a perda de até 100 fios por dia. Acima disso, recomenda-se uma investigação.
Eflúvio Telógeno
O termo eflúvio telógeno significa a eliminação de cabelos em clava que se segue à precipitação prematura dos folículos anágenos em telógena. Um processo que ocorre como resposta dos cabelos a muitos tipos diferente de estresse como, por exemplo:
Febre
parto prolongado ou difícil.
operações cirúrgicas.
hemorragias (inclusive doação de sangue).
redução severa súbita da ingestão alimentar (dieta violenta).
estresse emocional, inclusive devido à viagens aéreas prolongadas.
quando a pílula anticoncepcional é descontinuada após ter sido tomada por muito tempo.
Medicamentos também provocam queda de cabelo.
Alterações hormonais
Doença venérea
Doenças Metabólicas
Doenças Infecciosas
Doenças Inflamatórias
Neoplasias (Câncer)
Doenças hereditárias
As alterações do cabelo podem ser as mais variadas como:
Mudanças:
Na cor
Na Estrutura
Consistência
Aspecto
Queda
Até a destruição total do Foliculo Piloso
Características
Afeta todo o couro cabeludo, com queda de cabelo generalizada.
Paciente nota a perda aumentada na escova ou pente, e durante a aplicação do xampú ou creme rinse.
A perda varia de menos de 100 a mais de 1000 fios por dia
Se o estresse não for repetido, o recrescimento completo, espontâneo, se dará, invariavelmente, dentro de poucos meses.
Freqüentemente, as mulheres se queixam que o comprimento do cabelo nunca volta a ser o mesmo que o presente antes da gravidez.
Febres prolongadas ou altas podem destruir alguns folículos completamente, de modo que apenas uma recuperação parcial é possível.
Tratamento
Investigar a causa da queda através:
da história clínica sobre o uso de medicamentos e exames laboratoriais (ex. excesso de vitamina A).
doenças como diabetes, câncer, infecções, anemia etc.
alterações hormonais - hipo e hipertireoidismo
regimes alimentares.
atualmente, existe tratamento a laser para estimular o crescimento de cabelo.
Cada patologia tem uma série de características próprias que ajudam a investigação para chegar ao diagnóstico.
Uma vez diagnosticada a causa, faz-se o tratamento adequado
Calvície Androgenética
A Calvície Androgenética (CA), também conhecida como Alopecia Androgenética é uma manifestação comum. Está relacionada à genética sendo transmitida de maneira hereditária por gerações, mesmo que, em alguns casos, acabe pulando gerações. Acomete homens e mulheres a partir da adolescência e a percepção da redução do volume dos cabelos costuma acontecer alguns anos depois, quando cerca de 1/3 dos cabelos já sofreram processo de involução. A involução dos cabelos no topo da cabeça é uma característica da CA que apresenta atrofia dos folículos pilosos (estrutura que dá origem aos pêlos e cabelos). As células da raiz do folículo piloso diminuem a sua capacidade de multiplicação permitindo a atrofia dos folículos e a involução ou miniaturização do cabelos.
Este processo de atrofia dos folículos seguidos de miniaturização dos fios normalmente é coordenado pela ação de hormônios conhecidos como andrógenos (também chamados de hormônios masculinos), dentre os quais o hormônio mais representativo é a testosterona. É a ação destes hormônios nas células dos folículos pilosos que permite a involução dos cabelos em determinadas áreas do couro cabeludo.
A CA costuma acontecer em algum grau em 50% dos homens com até 50 anos e em cerca de 8 a 12% das mulheres adultas (ver imagens com classificação de calvície androgenética masculina e feminina). Cerca de 80% dos homens com mais de 50 anos podem apresentar algum grau de calvície e mulheres na menopausa que tenham predisposição à CA costumam perceber um agravamento do quadro nesta fase da vida.
Classificação da calvície androgenética masculina
Você pode estar se perguntando por que perde tantos cabelos ou por que algumas áreas de falhas no seu couro cabeludo começaram a aparecer.
A verdade é que nossos cabelos respeitam um ciclo de crescimento, e problemas neste ciclo de crescimento capilar podem determinar quedas maiores ou menores de cabelos. Diversas são as causas que podem fazer com que nossos cabelos sofram algum tipo de modificação ou queda, mas é importante lembrar que alguns tipos de calvície são mais comuns.
A mais conhecida das quedas capilares é a calvície genética, também chamada de alopecia androgenética. Este tipo de problema, passado de gerações para gerações, pode aparecer em homens e mulheres, porém de forma diferente. Enquanto homens ficam com a área calva exposta, as mulheres sofrem uma intensa rarefação dos cabelos. Nestas quedas capilares o melhor a fazer é procurar um tratamento o quanto antes para que se possa recuperar ou manter os cabelos da melhor forma possível.
Outras quedas costumam ser importantes e até podem merecer cuidados especiais, é o caso das quedas capilares por stress, má alimentação, anemias, químicas capilares, algumas doenças, uso de determinados medicamentos etc.
Atualmente os cabelos podem ser mantidos e tratados da melhor forma possível. Existem muitos medicamentos à disposição dos médicos para a prescrição, principalmente se o paciente se dispõe a realizar um bom diagnóstico e tratamento com um especialista.
Nós do GAPCA sugerimos que aquele que sofre de problemas capilares deve sempre ficar atento e procurar seu dermatologista ou tricologista para obter o que há de melhor na atualidade sobre como manter os cabelos e até mesmo deixar os cabelos mais fortes, bonitos, saudáveis.
Alepecia Androgenética feminina
Alopecia Androgenética Feminina
O padrão de calvície feminino é resultado da diminuição do estrogênio (hormônio feminino) que geralmente inibe o efeito da queda de cabelo provocado pela testosterona.
A calvície da mulher pode ser explicada por uma "alta sensibilidade" dos receptores hormonais localizados no cabelo aos hormônios masculinos.
A alopecia androgenética é uma doença progressiva que, se não for tratada, tende a piorar com o tempo. A velocidade de progressão depende de fatores únicos em cada pessoa, tais como histórico familiar e presença ou ausência de distúrbios hormonais.
Os cabelos das mulheres que apresentam a alopecia começam a se afinar, em geral na parte anterior e superior da cabeça. No começo, é visível apenas na "risca" do cabelo e nota-se um cabelo fino, frágil, quebradiço, com pouco volume e com crescimento lento. Depois, uma rarefação mais difusa do cabelo começa a ser percebida. Por fim, certa "transparência" do cabelo é notada, permitindo observar-se o contorno da cabeça através do cabelo.
Portanto, em ambos os sexos na alopecia androgenética a região da nuca é sempre poupada. Esta calvície é a mais comum no ser humano. Recentes estudos relatam que 50% da população masculina e 10% da população feminina tem ou terá algum grau de calvície durante a vida. A calvície androgenética, tanto no homem como na mulher somente ocorre após a puberdade, período de grandes alterações hormonais. Após este período, pode ocorrer em qualquer fase da vida. Na mulher, porém geralmente inicia em idades mais avançadas que o homem, piorando no período da menopausa. Tem caráter evolutivo, porém pode variar de intensidade, ou seja, a calvície pode iniciar e evoluir até o grau III (masculina) ou grau I (feminina) em um grupo de pessoas e em outro evoluir para o grau VII (masculino) e grau III (feminino) em outro grupo de pessoas, em idades diferentes. A história familiar da calvície de um indivíduo pode dar um prognóstico de como ela evoluirá, mas não podemos ter certeza disto. Com o processo da alopecia androgenética, há um aumento dos cabelos que estão na fase telogênica ou de morte e diminuição da fase dos cabelos no ciclo de crescimento, portanto geralmente este tipo de calvície é progressiva. A alopecia androgenética pode ser tratada com tratamento clínico, cirúrgico ou cosmético.
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